Sendo a maior Denominação de Origem em Portugal, a Região dos Vinhos Verdes abarca, necessariamente, perfis de vinhos diversos, definidos pelos microclimas de cada sub-região, pelas castas utilizadas ou pelos processos de vinificação. Note-se, igualmente, que num país onde o lote de castas, o "blend”, é a tradição, a Região dos Vinhos Verdes foi a que primeiro procurou evidenciar as características específicas de cada casta, engarrafando-as em separado, com destaque para as variedades Alvarinho e Loureiro, primeiro, e Vinhão, Avesso, Azal e outras, mais tarde.
Assim, no que ao Vinho Verde branco respeita, podemos dividi-lo, numa primeira abordagem, em dois perfis distintos. O mais "tradicional”, se assim lhe podemos chamar, assenta em vinhos de baixo teor alcoólico, ligeiros e delicados, por vezes com algum gás carbónico e leve doçura frutada. O desenvolvimento de novos modelos vitícolas e enológicos, no entanto, permitiu a crescente difusão de um perfil mais ambicioso, em que uvas de alta qualidade, fermentadas em inox ou barrica, originam vinhos brancos intensos e expressivos, encorpados e profundos, mantendo toda a frescura e elegância associada a grande potencial de longevidade. Alguns destes brancos são comercializados com vários anos de garrafa.
Também o Verde tinto mais "tradicional”, de álcool baixo, cheio de cor, sólido tanino e viva acidez, tem vindo, progressivamente, a deixar espaço a outros modelos, tintos onde a cor mais aberta, a fruta elegante, o polimento tânico e a equilibrada frescura são características dominantes.
A mesma evolução acontece nos espumantes com DO Vinho Verde, elaborados pelo método clássico de fermentação em garrafa ou pelo método de fermentação em cuba fechada, nos quais tanto podemos encontrar vinhos jovens e frutados, como vinhos com vários anos de cave, em que a fruta citrina deu lugar a notas mais complexas de biscoito e frutos secos.
As aguardentes bagaceiras e vínicas com Denominação de Origem complementam esta vasta oferta onde existe um Vinho Verde adequado a cada momento e apreciador. Em 1999, os vinagres de vinho com DO, tal como os espumantes, foram introduzidos na DO.