2 abril 2001
O autocarro do Vinho Verde já anda por aí.
Um Autocarro vestido de Verde
Entre ruas repletas de trânsito, na lufa-lufa citadina portuense, passeia-se pelo emaranhado de casas, pessoas e veículos, um autocarro muito especial. Remetendo para a frescura e leveza, num apelo a uma região mesmo ali ao lado, e que tantas vezes passa despercebida, a ideia da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) foi certeira: vestir de verde um autocarro STCP e torná-lo bilingue, numa antevisão das visitas que o Porto vai receber em 2001, enquanto Capital Europeia da Cultura.
Desde o mês de Abril e até ao mesmo mês do próximo ano, pelas sinuosas avenidas e travessas do Porto, movimenta-se o autocarro da Região dos Vinhos Verdes, desempenhando as funções normais de carreira no Grande Porto.
Quem o vê passar, não fica indiferente. Impossível esquecer que da simbiose perfeita entre a Região e o produto, resulta o Vinho Verde ímpar, único no mundo, resultante da mistura de aroma e de agulha que o torna numa das mais deliciosas bebidas naturais. Quem o vê passar é inevitável que pense "se o aroma tivesse cor, seria Verde."
A imagem de um paraíso na Cidade anda sobre rodas. A evocação da frescura da Região e do poder refrescante do néctar vínico que aí se produz, apela a sensações de leveza, encaminhadas para um público jovem, que procurará, sem dúvida, a Capital Europeia da Cultura, tentando desfrutar a panóplia de prazeres e delícias que a metrópole vai oferecer em 2001.
Meses e meses a fio, de noite ou de dia, faça sol ou faça chuva, o bus verde não pára. Com mensagens onde o simples se imiscui com o sugestivo, pensando não só na gente da terra como também nos forasteiros vindos de além fronteiras, o autocarro fala português e inglês. "Verde Ande à Vontade", "Verde Walk Free" e "Sempre Verde para Si", "Always Verde For You".
As frases inscritas num fundo representativo da luxuriante paisagem da Região dos Vinhos Verdes, no todo, funcionam como um bálsamo para as vistas cansadas pelo movimento e pelo caos, que procuram alívio na simbologia do agradável e da leveza, que está patente no autocarro.
A imagem assume características divinas. De cor citrina ou palha, no caso dos brancos, ou de cor intensa e espuma rosada, no caso dos tintos, é sabido que os Vinhos Verdes são o complemento ideal para um leve prato de peixe ou um intenso prato de carne. E, muito simplesmente, como uma bebida fresca e natural, deveras apetecível quando as temperaturas sobem.
De personalidade própria e inconfundível, o néctar Verde é jovem e, por isso, aromático, leve e fresco, irresistível a um consumo em diferentes alturas do dia. Decorar um autocarro desta cor, sem misturas desfasadas, numa zona urbana, sabendo-se que é um meio de transporte vulgarmente usado por faixas etárias mais novas, induz a uma educação para o consumo deste Vinho e desperta os sentidos para o conhecimento da Região.
Até Abril de 2001, circula por aí um autocarro muito especial, vestido de Verde.